Polícia da Índia faz Google interromper serviço Street View

Ordem partiu de autoridade de Bangalore por questões de privacidade.
Cidade reúne boa parte dos escritórios de empresas de tecnologia do país.

Da Reuters 
 
Veículo do Google Street View circulando nas ruas da província de Ferrara, na Itália. Estava na cidade à passeio, aguardando um ônibus que me levaria a um outro local, quando vi o carro do Google e cliquei.  (Foto: Marcos Correa/ VC no G1)
Veículo do Google Street View circulando na Itália.
(Foto: Marcos Correa/ VC no G1)
O Google recebeu ordem da polícia de Bangalore, na Índia, de suspender seu serviço "Street View" no centro tecnológico da cidade, afirmou a companhia nesta terça-feira.
A proibição representa o mais recente revés para o projeto de mapeamento global realizado pelo Google, afetado por temores quanto à invasão de privacidade.
A gigante da tecnologia enviou uma frota de carros para diversos países do mundo, inclusive o Brasil, para capturar milhões de imagens usadas com mapas como parte de seu serviço panorâmico Street View, mas enfrenta desafios regulatórios de autoridades preocupadas com a proteção de dados.
"Recebemos uma carta do comissário de polícia a respeito do Street View. Atualmente estamos analisando o texto e interrompemos a atividade de nossos carros até termos a chance de responder às questões e preocupações da polícia", disse o Google em comunicado.
A polícia se recusou a detalhar os motivos apresentados na carta quando contatada pela Reuters.
Bangalore é o principal centro tecnológico da Índia, a terceira maior economia da Ásia, onde o Google emprega milhares em todo o país, e gigantes da tecnologia como Microsoft, Yahoo e Intel também têm escritórios.
O Google começou a coletar imagens há três semanas em Bangalore, primeira cidade indiana a receber o Street View. A companhia pretende cobrir toda a Índia com o serviço de mapeamento, afirmou um porta-voz à Reuters.
Órgãos reguladores na Europa, Canadá e Cingapura conduziram investigações sobre a legalidade do Street View após o Google ter admitido a autoridades dos Estados Unidos que os veículos usados para capturar as fotos para o serviço também coletaram informações pessoais como e-mails e senhas de redes sem fio não protegidas.